O presidente Lula exonerou nesta segunda-feira (5) a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, e escolheu como substituta a assistente social Márcia Lopes. A posse da nova ministra aconteceu pela manhã, no Palácio do Planalto.
De acordo com a Presidência da República, a exoneração de Cida Gonçalves e a nomeação de Márcia Lopes serão publicadas em edição extra do Diário Oficial ainda nesta segunda.
Márcia Lopes já foi ministra, em 2010, durante o segundo mandato de Lula, no comando do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
Antes, ocupou a secretaria-executiva do mesmo ministério, de 2004 a 2008. Formada em Serviço Social pela Universidade Estadual de Londrina, no Paraná, onde também foi professora, Márcia Lopes é mestra em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
Em conversa com a imprensa no início da tarde, em frente ao Ministério das Mulheres, Cida Gonçalves afirmou que sua saída se dá com “muita tranquilidade”, que voltará para os movimentos de mulheres e rebateu críticas que poderiam explicar sua saída, como um processo por suposto assédio moral, arquivado pelo Conselho de Ética da Presidência.
“Não é uma troca por incompetência, por assédio, por rixa, não é isso, é uma troca de rumo, de momentos. Tem hora que você está no limite do esgotamento do daquilo que você pode avançar, ampliar e gente nova chega com um novo olhar, com uma outra perspectiva”, disse.
Ao lado da agora ex-ministra, Márcia Lopes afirmou que dará continuidade ao trabalho de Cida, ampliando o diálogo com as mulheres por todo o país.
“Esse é um ano de conferência, vou me reunir ainda essa semana, pretendo, com o Conselho Nacional dos Direitos das Mulheres, queremos conferências em todos os municípios brasileiros, nos estados e depois a grande conferência nacional”, afirmou.
As diferentes áreas da administração federal serão chamadas a contribuir com a nova gestão do ministério das Mulheres, destacou também Márcia Lopes.
Em 2022, Márcia Lopes fez parte da equipe de transição do terceiro governo Lula, no grupo de assistência social. A paranaense é irmã de Gilberto de Carvalho, nome histórico do PT, que foi chefe de gabinete de Lula entre 2003 e 2010.