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AVC aos 17 anos: entenda se é comum e fatores de risco

by samurai007@@
CNN Brasil

A cantora Karen Silvaex-participante do The Voice Kids 2020, morreu aos 17 anos vítima de um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico. A notícia foi divulgada por sua assessoria de imprensa em seu perfil no Instagram, nesta quinta-feira (24).

De acordo com a nota de pesar, Karen estava há dias internada no Hospital São João Batista, em Volta Redonda, depois do episódio de derrame.

O AVC hemorrágico é responsável por 15% de todos os casos de AVC, mas pode causar a morte com mais frequência do que o tipo isquêmico, segundo o Ministério da Saúde. Ele é caracterizado pelo rompimento de um vaso cerebral, provocando hemorragia dentro do tecido cerebral ou na superfície entre o cérebro e a meninge.

Apesar de a idade avançada ser um dos principais fatores de risco para um AVC, ele também pode acometer pessoas jovens. Inclusive, um estudo recente, publicado em outubro do ano passado na revista A neurologia da Lancetmostrou que os casos de derrame em pessoas com menos de 70 anos aumentou 14,8% em todo o mundo. No Brasil, cerca de 18% da incidência afeta a faixa etária de 18 a 45 anos, de acordo com dados da Rede Brasil AVC.

De acordo com Angelica Dal Pizzol, membro da Rede Brasil AVC e médica neurologista, estudos recentes já têm mostrado que o número de casos de AVC em pacientes jovens tem aumentado.

“Esse crescimento é atribuído a diversos fatores, incluindo o sedentarismo e hábitos de vida pouco saudáveis, como uma alimentação inadequada, que podem levar à obesidade, diabetes e hipertensão, mesmo entre pessoas mais jovens. Além disso, mudanças climáticas, altas temperaturas e a poluição ambiental também são fatores que contribuem para o aumento nos casos de AVC”, afirma em matéria publicada anteriormente na CNN.

Sheila Cristina Ouriques Martins, presidente da Rede Brasil AVC e presidente-eleita da World Stroke Organization (Organização Mundial de AVC), reforça que os riscos em mulheres são maiores. O uso de anticoncepcional oral, principalmente se associado ao fumo ou em mulheres com mais de 40 anos, pode aumentar o risco de AVC; terapia de reposição hormonal também, assim como gravidez e puerpério.

De acordo com Pizzol, fatores genéticos e hereditários podem aumentar o risco de AVC em pessoas jovens, incluindo doenças genéticas e hematológicas.

“Jovens com esses fatores de risco precisam de um acompanhamento mais atento, além de um cuidado redobrado com outros fatores de risco. Manter uma alimentação saudável e praticar atividade física regularmente são essenciais para evitar a acumulação de riscos que possam elevar as chances de um AVC”, orienta a neurologista.

Veja os principais sintomas de AVC

De acordo com o Ministério da Saúde, os principais sintomas de AVC incluem:

  • Confusão mental;
  • Alteração na visão;
  • Alteração da fala;
  • Dor de cabeça súbita, intensa e sem causa aparente;
  • Alteração do equilíbrio;
  • Tontura;
  • Alteração no andar;
  • Fraqueza ou formigamento em um lado do corpo (rosto, braço ou perna).

AVC: entenda causas, riscos e a importância do diagnóstico precoce

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